2009-04-06

G20 e Cimeira da Nato

«Os Verdes» consideram que as decisões tomadas pelo G20 não constituem mais do que uma máscara para recusar aquilo que é inevitável aceitar: que o sistema capitalista colapsou!

Foram anunciados mais uns largos milhões para injectar no sistema, que certamente irão em muito continuar a beneficiar o poder económico e as grandes instituições financeiras, mas «Os Verdes» relembram que já foram anunciados vários pacotes financeiros (como o primeiro, em 2008, de 400 mil milhões de euros na UE ou os 700 mil milhões nos EUA) e, contudo, desde então a crise tem-se intensificado.

Foi também anunciada, no G20, mais regulação e a elaboração de listas negras de off-shores, sabendo-se que esses paraísos fiscais não servem a humanidade e é neles que se branqueia muito dinheiro de negócios vergonhosos para essa mesma humanidade. O G20 demonstrou falta de coragem em acabar de vez com estes paraísos dos ricos, demonstrando ao serviço de quem está verdadeiramente.

O mundo continua a assistir a medidas direccionadas no sentido de aprofundar as causas que levaram à falência do sistema, como continua a ver os países mais ricos a investir fortemente em recursos militares e bélicos, como demonstra a cimeira da NATO que está a decorrer, enquanto milhões de pessoas no mundo são condenadas à fome dentro deste sistema e enquanto o desemprego vai engrossando, estimando-se que em 2010 chegue aos 36 milhões de desempregados nos países da OCDE.




«Os Verdes» afirmam que o problema se centra num sistema que concentra a riqueza numa pequena minoria e generaliza a pobreza a uma larga maioria, sustentado num poder financeiro que engorda com a lógica de substituição da valorização do trabalho e dos salários, que são o verdadeiro suporte do poder de compra, pelo crédito e pelo endividamento das empresas e das famílias, tornando-as sempre mais dependentes daqueles que não param de enriquecer.

«Os Verdes» defendem que, face a esta crise do sistema, é preciso tomar consciência que a intervenção do Estado é fundamental para gerar mais igualdade, e por isso é determinante que serviços essenciais sejam geridos de acordo com o interesse público, e não em função dos lucros de accionistas e administradores, e por isso têm que estar nas mãos dos Estados.

Por isso, «Os Verdes» vão apresentar em Portugal, na Assembleia da República, uma proposta para que serviços essenciais, como a água, a energia e os transportes estratégicos, estejam nas mãos do Estado.

Este é um dos pontos retirados das conclusões do Conselho Nacional de «Os Verdes» realizado no dia 4 de Abril.

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